quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Sarah Kubitschek - 20 anos de morte

 

Neste 04 de Fevereiro, completa-se 20 anos de morte daquela que foi e é referência em elegância e preocupação com os menores favorecidos. A ex-primeira dama do Brasil, Dona Sarah KubitschekNome completo: Sarah Luiza Gomes de Lemos, filha do deputado Jaime Gomes de Souza Lemos e de Dona Luiza Negrão de Lemos. Nascida em Belo Horizonte formou-se pelo Colégio Santa Maria daquela cidade. Foi exatamente em uma das festas escolares, tão costumeiras para a juventude da época, que lhe foi apresentado o jovem estudante de medicina Juscelino Kubitschek, então com 25 anos. Ficaram noivos, mas, por um breve período, o jovem médico urologista decidiu romper o relacionamento e viajar à Europa para fazer um curso de especialização e reavaliar suas metas para o futuro. Na volta, reataram o namoro e casaram-se em 30 de dezembro de 1931, na Igreja Nossa Senhora da Paz, no Rio de Janeiro comemorando o matrimônio no dia 31 em festa no Hotel Copacabana Palace. 


Dona Sarah Kubitschek sempre apoiou JK em sua vida política. Incentivou-o a aceitar o cargo de Chefe do Gabinete Civil do Governo do Estado de Minas Gerais. Desse primeiro passo, vieram outros: Deputado Federal, Prefeito de Belo Horizonte, novamente Deputado Federal, Governador de Minas Gerais, Presidente da República e, finalmente, Senador pelo estado de Goiás. A brilhante carreira do Presidente Juscelino Kubitschek levou Dona Sarah a uma vida de restrições e de muita luta, própria das mulheres que estão ao lado de personagens que fazem a história de um país.


Trabalho Social 
Quando, em 1951, Juscelino Kubitschek assumiu o governo de Minas Gerais, D. Sarah deu início a sua importante missão: realizar a mais ampla e intensa assistência social às classes menos favorecidas. Atendeu a milhares de pessoas, oferecendo escolas, médicos, dentistas, remédios, alimentos, roupas e agasalhos. Logo que Juscelino chegou à Presidência da República em 1956, D. Sarah vislumbrou a possibilidade de ampliar significativamente sua obra; reuniu suas amigas e criou a Associação das Pioneiras Sociais. Os dias entravam pela noite, o repouso encurtava. D. Sarah convocava embaixatrizes para participar de seu programa, empresas para o fornecimento de recursos e toda uma legião de pessoas das mais diversas áreas dedicadas ao programa por todo o País. Da Alemanha e dos Estados Unidos importaram-se hospitais volantes dedicados à assistência médico-dentária, um programa conhecido como “Saúde sobre Rodas”. O padrão de ensino das Pioneiras Sociais fazia com que suas escolas fossem intensamente procuradas pelos pais de alunos.
Em 1959, D. Sarah e seus colaboradores colocaram sobre as barrentas águas do rio Amazonas, no extremo norte do País, uma lancha-hospital importada da Alemanha, para atender à população ribeirinha, fazendo operações, partos, atendimento dentário. Em homenagem à sua mãe, falecida por causa de um câncer, D. Sarah engajou-se na luta contra a doença, criando no Rio de Janeiro, em 1957, o Centro de Pesquisa Luíza Gomes de Lemos, voltado ao trabalho de medicina preventiva, atendendo mulheres de diferentes faixas etárias, procurando oferecer também auxílio psicológico às pacientes.
Na capital mineira, berço das Pioneiras Sociais, D. Sarah conseguiu um belo conjunto hospitalar, planejado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, muito bem equipado com modernas salas de operações, departamentos de radiologia, oncologia, pediatria, entre outros, além de creche, biblioteca, restaurante e auditório. Em Brasília, além de erguer seu edifício, as Pioneiras Sociais inauguraram junto com a cidade, em 21 de abril de 1960, o Centro de Reabilitação destinado à recuperação dos incapacitados físicos, equipado com o que havia de mais moderno na área. Hoje o Centro transformou-se em uma Rede Nacional de Hospitais do Aparelho Locomotor coordenada pelo hospital-sede de Brasília. A Rede é considerada modelo de assistência pública de saúde, atendendo ricos e pobres, como o direito de cidadania. Com sua elegância e aparente fragilidade, D. Sarah percorreu o Brasil de Norte a Sul. Reunindo pessoas, abrindo portas e possibilidades, carregando sempre um sorriso amável e uma impaciência obstinada. Além do mais, sem sombras de dúvidas, Dona Sarah foi ícone de elegância, sofisticação e bom gosto para sua época, podendo ser considerada uma de nossas primeiras damas mais elegantes na história da Presidência da República Federativa do Brasil. 
Se quiser saber muito mais sobre a história de Dona Sarah e de seu eterno companheiro, ex Presidente Juscelino Kubitschek, vale uma visita no Memorial Jk. Lá também poderá ver looks de moda usados por Dona Sarah em momentos importantes da história do Brasil. Fica aqui nossa singela homenagem a Dona Sarah

Dona Sarah - Mocidade

Dona Sarah e Juscelino K.

 Exposição - Looks Dona Sarah - Memorial JK - Brasília



 Exposição - Looks Dona Sarah - Memorial JK - Brasília

Looks utilizados pelo casal na posse do Presidente Juscelino K. em 1956
Exposição - Memorial JK - Brasília 



Aos 84 anos, look utilizado em jantar no
MemorialJK oferecido ao ex Presidente Itamar Franco
Exposição Memorial JK - Brasília


Texto: Sítio Memorial JK
Imagens: Memorial JK - Divulgação

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